por Joyce Carvalho
Servidores públicos federais em greve esclareceram para a
população os motivos da paralisação em um ato realizado nesta quarta-feira (01)
na Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba. O evento vai até às 19 horas. Os
servidores distribuem panfletos e fazem atividades explicativas sobre a importância
das funções que exercem.
Participaram do evento os docentes das instituições federais
de ensino, servidores técnico-administrativos da UFPR e funcionários públicos
do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Saúde e Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A mobilização também teve como objetivo protestar contra o
anúncio por parte do governo federal sobre a suspensão da negociação com os
servidores. As conversas estão ocorrendo apenas com os professores.
"O governo está ignorando as nossas reivindicações.
Termina no dia 31 de agosto o prazo para a formulação da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), que define o orçamento para o ano que vem", lembra Jaqueline Mendes
de Gusmão, diretora da secretaria jurídica do Sindicato dos Servidores Públicos
Federais em Saúde, Trabalho, Previdência Social e Ação Social no Estado do
Paraná (Sindprevs).
O professor de psicologia da UFPR Vitor Schuhli, do comando
local de greve, explica que a principal reivindicação dos docentes é a
estruturação de um plano de carreira e isto está sendo esquecido pelo governo.
O anúncio de reajuste de 25% a 40%, feito pelo governo
federal, foi rejeitado pela categoria. "O governo diz que vai dar mais de
40% de aumento, mas isto aconteceria apenas para professores titulares, que
representam 3% do total. O pagamento seria em parcelas em 2013, 2014 e 2015. Já
estamos sem aumento desde 2010.
A inflação nestes cinco anos seria maior do que o
reajuste", afirma.
Uma nova reunião entre representantes dos professores e
governo federal está marcada para às 19 horas desta quarta-feira em Brasília. Segundo
o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(Andes-SN), a proposta do governo já foi rejeitada em 53 assembleias pelo País.
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