Juliana Braga
Correio Braziliense - 16/08/2012
Executivo procura espaço no Orçamento de
2013 com o objetivo de contemplar servidores, que disputam recursos com
incentivos à produção
Diante da insistência dos servidores
públicos, cuja greve provoca transtornos à população e impõe pesados
custos ao setor produtivo, a presidente Dilma Rousseff deu ontem sinal
positivo para que o Ministério do Planejamento reserve recursos para
reajustes a uma parte do funcionalismo em 2013.
No quadro mais conservador, a proposta
orçamentária que será encaminhada ao Congresso até 31 de agosto terá R$
14 bilhões para a correção de salários, já incluídos os R$ 7,1 bilhões
ofertados a professores (R$ 4,2 bilhões) e técnicos administrativos de
universidades (R$ 2,9 bilhões).
No cenário mais otimista, a fatura chegará
a R$ 22 bilhões, ainda muito longe dos R$ 92 bilhões que os servidores
querem. O que pesa contra a maior generosidade do Palácio do Planalto
são os incentivos fiscais que Dilma ainda quer conceder ao setor
produtivo. "Estamos fechando as contas. Mas o importante é que a
presidente já indicou até quanto poderemos dar de reajustes", disse um
técnico do Planejamento.
A reserva de recursos foi definida na
reunião da junta orçamentária, na última segunda-feira. Mas ainda
dependia do aval da presidente Dilma. Foi por essa razão que o
Ministério do Planejamento não apresentou nada de concreto nas últimas
conversas com representantes dos servidores.
O governo havia suspendido as negociações por duas semanas para fazer as contas. Com isso, criou muita expectativa no funcionalismo. Porém, a demora para encontrar verbas no Orçamento acabou provocando frustrações nos grevistas, que elevaram o tom contra o governo, a ponto de prenderem o secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, por várias horas em um sala de reuniões do ministério.
O governo havia suspendido as negociações por duas semanas para fazer as contas. Com isso, criou muita expectativa no funcionalismo. Porém, a demora para encontrar verbas no Orçamento acabou provocando frustrações nos grevistas, que elevaram o tom contra o governo, a ponto de prenderem o secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, por várias horas em um sala de reuniões do ministério.
Está praticamente certo que uma parcela dos
R$ 14 bilhões ou dos R$ 22 bilhões será destinada à correção dos
salários do militares. "Há um compromisso da presidente em melhorar as
remunerações na Forças Armadas. Ela não abre mão disso", afirmou um
ministro do Correio.
Também tendem a ser beneficiados, mesmo que num patamar abaixo do pedido pelos sindicatos, os 120 mil trabalhadores que compõem o chamado "carreirão". Eles estariam com os salários distorcidos. "Esse pessoal não pode ser ignorado", acrescentou. O certo, segundo o ministro, é que as propostas de reajustes sairão ainda nesta semana ou no máximo, no início da próxima.
Também tendem a ser beneficiados, mesmo que num patamar abaixo do pedido pelos sindicatos, os 120 mil trabalhadores que compõem o chamado "carreirão". Eles estariam com os salários distorcidos. "Esse pessoal não pode ser ignorado", acrescentou. O certo, segundo o ministro, é que as propostas de reajustes sairão ainda nesta semana ou no máximo, no início da próxima.
Tratamento específico
As centrais sindicais estiveram no Palácio
do Planalto na manhã de ontem em reunião com o ministro da Secretaria
Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. O encontro era para apresentar
o plano de concessões anunciado pela presidente Dilma, mas a greve dos
servidores dominou a conversa.
O ministro disse que novas propostas devem ser apresentadas nos próximos dias. "Ele deu informação de que o governo terá uma proposta para o funcionalismo. Cada carreira vai ter um tratamento. Ele acha que já é um avanço. Mas não deu mais nenhuma informação, porque não tem nenhuma autorização. É o Planejamento (quem negocia)", relatou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
O ministro disse que novas propostas devem ser apresentadas nos próximos dias. "Ele deu informação de que o governo terá uma proposta para o funcionalismo. Cada carreira vai ter um tratamento. Ele acha que já é um avanço. Mas não deu mais nenhuma informação, porque não tem nenhuma autorização. É o Planejamento (quem negocia)", relatou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Fonte: http://waldirmadruga.blogspot.com.br/2012/08/ate-r-22-bi-para-reajustes.html
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