O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado e divulgado
nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) em convênio com a Caixa, apresentou inflação de 0,29% em julho,
resultado 0,41 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,70%).
Em
relação a julho de 2011 (0,55%), a diferença foi de 0,26 ponto
percentual. No acumulado do ano, o índice ficou em 3,56%, menor do que o
de igual período do ano anterior (4,39%). O resultado dos últimos doze
meses situou-se em 4,81%, abaixo dos 5,08% registrados nos doze meses
imediatamente anteriores.
Mais cedo, o IBGE informou que o Sinapi
referente a julho, divulgado hoje, não teria alguns dados da Paraíba, de
acordo com a assessoria de imprensa do órgão, por causa da greve dos
servidores que paralisa as atividades da equipe responsável pela
pesquisa naquela localidade.
Para suprir a participação dos 2,2%
do Estado na formação do índice nacional e compor os cálculos de julho,
resguardando a série histórica, foram utilizadas estimativas de preços a
partir da variação dos itens pesquisados nos estados da região
Nordeste, cuja participação é de 31,34% no total do Sinapi. Dessa forma,
sobre os preços de cada um dos itens da base de dados da Paraíba do mês
de junho, foi aplicada a variação média efetivamente ocorrida no mês de
julho para cada item correspondente no setor da construção do Nordeste
do país.
Mais detalhes sobre a metodologia, segundo o instituto,
serão divulgados depois da entrevista coletiva em que o órgão comentará
os resultados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho,
índice que também foi divulgado hoje e subiu para 0,43% em julho.
Segundo
o IBGE, o custo nacional da construção por metro quadrado, que em junho
havia sido de R$ 836,06, passou em julho para R$ 838,46 em julho, sendo
R$ 447,59 relativos aos materiais e R$ 390,87 à mão de obra.
A
parcela da mão-de-obra apresentou uma variação de 0,54% em julho,
ficando 0,78 ponto percentual abaixo do mês anterior (1,32%).
Os
materiais também recuaram, registrando uma diferença de 0,09% ponto
percentual ao passarem de 0,16%, em junho, para 0,07%, em julho.
Já
no ano, a mão-de-obra subiu para 7,59%, enquanto os materiais
registraram 0,28%. Os acumulados em doze meses foram: 9,12%
(mão-de-obra) e 1,31% (materiais).
Regiões
Pressionada pelo
reajuste salarial do Paraná, a Região Sul, com alta de 3,14%, ficou com a
maior variação regional em julho. As demais regiões apresentaram os
seguintes resultados: 0,15% (Nordeste), 0,13% (Sudeste), 0,12% (tanto no
Norte quanto no Centro-Oeste).
Os custos regionais, por metro
quadrado, foram: R$ 839,53 (Norte); R$ 788,51 (Nordeste); R$
878,97(Sudeste); R$ 844,26 (Sul) e R$ 833,19 (Centro-oeste).
Com
relação aos acumulados, a Região Sul se destacou por apresentar a maior
variação no ano, (5,05%) e a mais alta nos últimos 12 meses (5,87%).
(Diogo Martins | Valor)
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