Estamos em greve desde 18 de junho. Neste período, uma série de eventos
no IBGE foram cancelados ou protelados. O Fórum do Sistema Integrado de
Pesquisas Domiciliares, realizado semestralmente, teve sua 12ª edição,
marcada para 9 de julho, temporariamente suspensa. Algumas divulgações –
como a dos resultados finais da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)
e as informações do Censo 2010, referentes à população indígena,
previstas para julho – foram adiadas. Em semanas anteriores, a Pesquisa
Mensal de Emprego (PME) foi divulgada sem os dados da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro e sem a média nacional. Isso mostra a
força da mobilização dos trabalhadores do IBGE.
A greve afeta de forma distinta cada uma das publicações. Hoje, estão sendo divulgados o IPCA e o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Ao contrário do IPCA, que está sendo lançado normalmente, a divulgação do SINAPI exigiu uma nota técnica esclarecendo a situação dos dados da Paraíba.
O IPCA é um dos índices de importância internacional, balizador da política econômica e de metas de inflação do governo brasileiro, referência para cálculo das perdas salariais de todas as categorias de trabalhadores no Brasil, inclusive as nossas, que aumentam a cada mês.
O IBGE é uma instituição que possui grande credibilidade junto à sociedade e nós, trabalhadores do IBGE, nos preocupamos com o acesso dos brasileiros às informações que produzimos. No entanto, atualmente vivemos uma situação limite do ponto de vista salarial e institucional. A combinação de salários pouco atrativos, evasão significativa de novos trabalhadores concursados, previsão de aposentadoria de 75% dos funcionários nos próximos três anos e contratação massiva de temporários monta um quadro perverso de esvaziamento do corpo técnico qualificado, sobretudo, levando em conta que nosso programa de trabalho requer longo período de maturação e planejamento. Além disso, nas últimas duas décadas, ocorreu uma ampliação significativa das pesquisas existentes e criação de inúmeros novos projetos.
Mesmo diante desta situação, o governo e o Ministério do Planejamento não têm se mostrado abertos ao diálogo, inclusive adiando as rodadas de negociação para data limite de fechamento do orçamento, dia 31 de agosto. Nossos salários estão congelados desde 2009 e acumulam, até junho de 2012, perda inflacionária de 18%. Sem recomposição, esta perda pode chegar a 25% de nossa remuneração até o fim deste ano.
Caso não haja mudanças imediatas, esta situação pode vir a comprometer a qualidade das informações produzidas, impedindo assim que as mesmas sejam divulgadas. Por isso, lutamos por nossas necessidades mais urgentes de reposição das perdas salariais, a realização de novos concursos públicos, além disso, melhorias que garantam uma reestruturação efetiva e o futuro do IBGE.
Comando Nacional de Greve dos Trabalhadores do IBGE
A greve afeta de forma distinta cada uma das publicações. Hoje, estão sendo divulgados o IPCA e o SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Ao contrário do IPCA, que está sendo lançado normalmente, a divulgação do SINAPI exigiu uma nota técnica esclarecendo a situação dos dados da Paraíba.
O IPCA é um dos índices de importância internacional, balizador da política econômica e de metas de inflação do governo brasileiro, referência para cálculo das perdas salariais de todas as categorias de trabalhadores no Brasil, inclusive as nossas, que aumentam a cada mês.
O IBGE é uma instituição que possui grande credibilidade junto à sociedade e nós, trabalhadores do IBGE, nos preocupamos com o acesso dos brasileiros às informações que produzimos. No entanto, atualmente vivemos uma situação limite do ponto de vista salarial e institucional. A combinação de salários pouco atrativos, evasão significativa de novos trabalhadores concursados, previsão de aposentadoria de 75% dos funcionários nos próximos três anos e contratação massiva de temporários monta um quadro perverso de esvaziamento do corpo técnico qualificado, sobretudo, levando em conta que nosso programa de trabalho requer longo período de maturação e planejamento. Além disso, nas últimas duas décadas, ocorreu uma ampliação significativa das pesquisas existentes e criação de inúmeros novos projetos.
Mesmo diante desta situação, o governo e o Ministério do Planejamento não têm se mostrado abertos ao diálogo, inclusive adiando as rodadas de negociação para data limite de fechamento do orçamento, dia 31 de agosto. Nossos salários estão congelados desde 2009 e acumulam, até junho de 2012, perda inflacionária de 18%. Sem recomposição, esta perda pode chegar a 25% de nossa remuneração até o fim deste ano.
Caso não haja mudanças imediatas, esta situação pode vir a comprometer a qualidade das informações produzidas, impedindo assim que as mesmas sejam divulgadas. Por isso, lutamos por nossas necessidades mais urgentes de reposição das perdas salariais, a realização de novos concursos públicos, além disso, melhorias que garantam uma reestruturação efetiva e o futuro do IBGE.
Comando Nacional de Greve dos Trabalhadores do IBGE
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