quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sindicato cobra mudança de postura da Direção em relação aos trabalhadores

A Executiva Nacional e o Comando de Greve dos trabalhadores do IBGE estiveram reunidos na tarde de 4 de julho com a Direção do IBGE, no Rio. Na ocasião, os representantes do Sindicato reafirmaram a necessidade de uma postura ativa da Direção do IBGE junto ao Governo, para que a categoria seja incluída numa negociação que renda frutos para os trabalhadores. Três pontos fundamentais foram discutidos na reunião com a Direção do IBGE: 

1 – A colocação de segurança privada e da PM nas portas do IBGE do Rio

A Executiva e o Comando de Greve argumentaram que se trata de algo inadmissível e que está sendo repudiado pelos trabalhadores. A Direção do IBGE alega que se trata de uma medida preventiva, para garantir que não haja qualquer tipo de conflito. Relatou também que houve casos de impedimento físico a quem quer entrar para trabalhar. A Executiva lembrou que se trata de seguranças contratados e sem qualquer identificação e questionou que, caso ocorra algum problema mais grave, quem vai se responsabilizar? Ficou acertado que os comandos de Greve seguirão mantendo uma postura apenas de convencimento e que, da parte da Direção do IBGE, poderá ser revista a decisão de colocar seguranças nas portas das unidades do Rio.

2 – Os dias parados durante a Greve

Ficou entendido que a rubrica utilizada nestes casos será de falta-greve, o que não implica em desconto salarial, mas de negociação da reposição dos serviços não executados no período de Greve. 

3 – A Situação dos Temporários na Greve

A Executiva Nacional reafirmou a legislação vigente no país e na Convenção da Organização Internacional do Trabalho, que assegura a todo trabalhador o direito de greve. Foram relatados casos de pressão sobre os temporários. A Presidente do IBGE reconheceu o direito de greve para todos, mas alega que esta greve não inclui os temporários, que não devem ser iludidos com a possibilidade de conquistarem qualquer reivindicação com este movimento. A Executiva Nacional rechaçou esta opinião da Presidente e lembrou que os temporários têm suas reivindicações próprias – que constam da Pauta da greve - e que a Direção do IBGE poderia colaborar, acabando com o aditamento mensal dos contratos, que é um instrumento de coerção permanente sobre os companheiros. Não houve acordo sobre este ponto.

A Direção do IBGE argumentou que não acha produtiva uma Greve da categoria neste momento, que o melhor seria realizar manifestações pontuais, visto que paralisar a produção é pior para o andamento das negociações e o reconhecimento do IBGE.

De sua parte a Executiva Nacional e os membros do Comando de Greve reafirmaram que a categoria foi à Greve depois de ter realizado inúmeras paralisações e manifestações pontuais nos últimos dois anos. Os representantes do Sindicato lembraram que não será mantendo o trabalho do IBGE que obteremos reconhecimento, já que nem o Censo conseguiu sensibilizar o Governo a ceder qualquer melhoria para a categoria.

Os representantes dos trabalhadores cobraram também uma postura mais incisiva da Direção do IBGE para que as negociações com o Governo sejam antecipadas e rendam frutos. A Direção do IBGE disse que tem cumprido seu papel, ao participar das reuniões em Brasília e levar proposições e preocupações com o futuro da Instituição.

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