Portal Folha/UOL
A taxa de desocupação no mês de junho permaneceu estável nas regiões metropolitanas de Recife (6,3%), Salvador (7,9%), São Paulo (6,5%) e Porto Alegre (4%). Em Belo Horizonte (4,5%) houve redução desse indicador em 0,6 ponto percentual.
Excepcionalmente, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não divulgou nesta quinta-feira (26) os números da Pesquisa Mensal de Emprego referentes à região metropolitana do Rio de Janeiro, nem a taxa percentual nacional. Foi a primeira vez, desde janeiro de 1980, início da série histórica do levantamento, que a pesquisa mensal de emprego teve sua divulgação interrompida.
Segundo o instituto, os números relativos ao Rio já foram coletados, mas não passaram pela apuração devido a greve no órgão, que teve início em junho. Os dados completos da pesquisa serão divulgados em "data ainda não definida", informa o IBGE.
A população ocupada permaneceu estável em Salvador, Recife e São Paulo. Houve redução em Belo Horizonte e Porto Alegre, 1,8% e 1,9%, respectivamente.
Na comparação com junho de 2011, o número de ocupados cresceu 3,9% em Recife e 2,2% em São Paulo. Não houve variação estatisticamente significativa nessa estimativa nas demais regiões.
Em maio, a taxa de desemprego verificada pelo IBGE foi de 5,8%.
RENDIMENTO
O rendimento médio real (descontada a inflação) apresentou queda de 0,4% em junho em São Paulo, enquanto foram registradas altas nas regiões metropolitanas de Recife (2,8%), Salvador (2%), Belo Horizonte (2,3%), e Porto Alegre (1,6%).
Na comparação com junho de 2011, o rendimento cresceu em todas as regiões pesquisadas, com destaque para Recife, onde a variação positiva foi de 13,4%.
TAXAS DIFERENTES
Ontem, a Fundação Seade e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgaram que taxa de desemprego no país teve leve avanço em junho e chegou a 10,7%.
No entanto, há uma série de diferenças nas metodologia utilizadas pelo IBGE e pela Seade/Dieese.
Na PED, realizada desde janeiro de 1985, a Seade e o Dieese dividem o desemprego em três categorias: aberto (quanto as pessoas procuram emprego), oculto por desalento (pessoas que não procuraram trabalho nos últimos 30 dias por uma série de motivos, como por exemplo, a crença de que o mercado está ruim e não será possível encontrar) e oculto por trabalho precário (que realizam trabalhos precários, como bicos, por exemplo).
Para o IBGE, que realiza a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) desde janeiro de 1980, a pessoa que faz bicos ou tem um emprego temporário está empregada.
Ou seja, o instituto leva em consideração apenas as informações referentes ao desemprego aberto --quando a pessoa está há mais de 30 dias procurando emprego.
O IBGE realiza o levantamento nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Já a Seade e o Dieese apuram os números em sete regiões: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.
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