Os servidores do IBGE do Paraná, em assembléia, decidiram mostrar seu apoio à greve geral dos Universidades Federais, especialmente da UFPR, UTFPR, UNILA e IFPR, e à luta contra a privatização do Hospital das Clínicas.
As pautas das categorias se mostram tão justas e urgentes, e o cinismo do governo nas mesas de enrolação tão vergonhoso, que a greve tornou-se nacional, com forte participação dos campi no interior dos estados. A paralisação das universidades é total pois a greve une estudantes, que reivindicam condições de financiamento, permanência, democracia na comunidade acadêmica e melhores políticas para os cursos de pós-graduação; técnicos administrativos, que reivindicam piso salarial de três salários mínimos, volta dos adicionais de periculosidade e insalubridade, entre outros; e professores, que exigem cumprimento dos acordos feitos em 2011, que garantiam uma carreira unificada.
Com os progressivos cortes sociais sofridos nos últimos anos, a universidade brasileira vem sendo precarizada. Portanto, a greve geral das federais é de interesse de toda sociedade e de toda classe trabalhadora. Os grevistas não lutam apenas por condições de trabalho e estudo, mas pela qualidade da educação, diálogo entre universidade e movimentos sociais, programas de extensão universitária que atinjam a sociedade, e contra a privatização dos Hospitais Universitários e sua desvinculação da comunidade acadêmica.
O governo vem tentado privatizar o Hospital de Clínicas, de importância fundamental para a saúde pública, através de uma estatal chamada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A medida não apenas fere a autonomia universitária, como precariza relações de trabalho e enfraquece o controle social sobre a saúde pública.
Nós, trabalhadoras e trabalhadores do IBGE, desprezamos as tentativas do governo de desmobilizar a greve pela educação negociando separadamente com as partes e negando-se a negociar com os Comandos de Greve dos estudantes e com os técnicos administrativos. Por saúde e educação públicas e de qualidade, apoiamos a greve nacional das federais até o fim!
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