sexta-feira, 27 de julho de 2012

NOTA À IMPRENSA: POR QUE A PME ESTÁ SENDO DIVULGADA SEM OS DADOS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO


Hoje, excepcionalmente, a Pesquisa Mensal do Emprego (PME) está sendo divulgada sem os dados da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Isso ocorre porque há uma greve dos trabalhadores do IBGE, que se espalha por todo o País.
Estamos em greve porque vivenciamos uma situação limite do ponto de vista salarial e institucional. Desde 2009, estamos sem reposição das perdas inflacionárias. Caso não obtenhamos uma recomposição imediata de nossos vencimentos, a perda real pode chegar a um quarto de nossa remuneração.
Essa situação se torna mais grave à medida que constatamos que o nosso salário não é suficientemente atrativo para manter os trabalhadores qualificados que ingressam por meio de concursos públicos. Nos últimos anos, cerca de 30% dos que ingressaram saíram do IBGE para outros órgãos públicos ou o setor privado, em busca de melhores salários e benefícios. Dado que os projetos desenvolvidos pelo IBGE, em geral, são de longa maturação e requerem intensivo treinamento e qualificação, trata-se de uma perda muito significativa.
É fundamental que os novos trabalhadores permaneçam na instituição, uma vez que temos perdido um enorme contingente de servidores qualificados que se aposentam. Hoje, 30% do quadro pode se aposentar imediatamente e, para os próximos três anos, chega a 75% o número de servidores em condições de requerer suas aposentadorias. Não há previsão de reposição deste quantitativo de pessoal por meio de concursos públicos. Cresce a contratação temporária de pessoal no IBGE (cerca de 60%), com baixos salários (R$ 850,00) e aditamento mensal dos contratos. Algumas unidades já operam com mais trabalhadores temporários do que efetivos.
Caso não haja mudanças, esta situação pode comprometer a qualidade dos dados produzidos pelo IBGE. Somos produtores de informações essenciais ao planejamento estratégico do País e de todos os setores da economia, tais como indicadores de inflação, ocupação e desemprego, produção industrial, atividade do comércio e dos serviços, PIB, entre outros. Condições de trabalho e remuneração condizentes com a importância desse trabalho são fundamentais para garantir sua continuidade e qualidade.
Nossas reivindicações principais são relativas à melhoria salarial e concurso público. Além disso, este momento está sendo utilizado para pensar a instituição como um todo. Seguimos mobilizados, portanto, por um futuro melhor para o IBGE.

COMANDO NACIONAL DE GREVE DOS TRABALHADORES DO IBGE
26 de julho de 2012

Um comentário:

  1. Querem saber?
    Eu qdo era APM ainda,fazia minha greve particular qdo trabalhava na PME!Eu simplesmente pegava os dados das pessoas em um arquivo de códigos que o PDA gerava,gravava esse aquivo no meu PC aqui de casa e preenchia os questionários no conforto de minha casa,sem sair no sol e na chuva,graças aos meus conhecimentos de informática e programação!
    Eu só ia nas casas e aptos das pessoas em abertura e retorno de painés(após 8 meses de pausa),qdo eu não sabia os dados do pessoal.
    Raramente a situação das famílias entrevistadas por mim mudava na PME!

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