Logo que a greve começou a se
desenhar e passou a ser vista como possibilidade real, ouvimos que ela estava
vindo com atraso; que o momento mais propício pra ela acontecer teria sido no
ano do Censo, época que o IBGE fica naturalmente mais em evidência. Não é
necessário explorar aqui que a greve não “vem” sozinha; ela é uma construção
coletiva, só acontece se todos nós agirmos, e isso simplesmente não ocorreu
naquela ocasião. Resta perguntar: valeria a pena deixar de participar dela
agora porque esse não seria o “momento ideal”?
Sejamos honestos: bem sabemos
quão difícil foi chegar até aqui, o esforço que representa um levante
expressivo como esse dentro do IBGE, que pode não acontecer novamente tão cedo!
Dito isso, é certo que o momento mais oportuno é o em que temos uma
oportunidade, e é nosso dever aproveitá-la.
Isso está acontecendo agora e não
somente na nossa instituição – temos visto a quantidade de categorias ligadas
ao Governo Federal que estão lutando por melhores condições de trabalho.
No fim o timing acabou atuando a nosso favor, já que o poder de pressão das
categorias unidas se multiplica, deixando mais evidente para a população que o
Governo Federal precisa repensar sua postura. Nesse contexto, contudo, é ainda
mais necessário que nos façamos presentes, pois só assim teremos chances de
sermos contemplados. E não podemos ser inocentes: se não garantirmos que isso
ocorra pra 2013, não vai ser no ano da Copa que teremos alguma chance de estar
entre as prioridades do Governo!
É bom deixar claro para os
colegas que concordam com nossos objetivos que a hora de fazer greve é já; não
faz sentido esperar a reunião em Brasília no fim do mês para só então tomarmos
uma atitude, pois aí tudo já estará definido, será tarde demais. Precisamos
parar justamente agora, e se for preciso que os 26 estados parem para o pessoal
da avenida Chile aderir definitivamente à greve, que assim seja! Esse é um
papel que com agrado podemos cumprir.
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