Servidores federais da área de educação, do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) promoveram nesta
quinta-feira manifestação conjunta em frente ao edifício-sede do Banco
Central (BC) no Paraná. Estudantes também aderiram ao protesto, que
começou com uma passeata.
Os manifestantes distribuíram panfletos com um gráfico que aponta que
o governo federal prevê gastar 47,2% de seu orçamento deste ano com
juros e amortização da dívida. "Estamos em época de matrícula e não
vamos fazer matrícula se não houver negociação por parte do governo",
afirmou Bernardo Pilotto, integrante do comando de greve dos servidores
técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
"Queremos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação já, e não
apenas em 2023."
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro
Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do
Paraná (Sinditest-PR), cerca de 50% dos servidores
técnico-administrativos da UFPR estão em greve. Já a Associação dos
Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR) estima que 90%
dos docentes não estão em sala de aula. A assessoria de imprensa da UFPR
não contestou os números.
"Nas unidades da UFPR no interior e no litoral, a adesão dos
professores à greve é total", disse Rogério Miranda Gomes,
secretário-geral da APUFPR. "Após 40 dias de paralisação, o governo
ainda não apresentou nenhuma proposta concreta." Amanhã, os conselhos
que administram a UFPR e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná
(UTFPR) analisam propostas que preveem a suspensão do calendário
acadêmico, em razão da greve.
O dirigente do núcleo estadual da Associação dos Servidores do IBGE
no Paraná, Luiz Carlos de Oliveira, afirma que cerca de 80% dos
servidores do quadro permanente do órgão estão em greve desde ontem.
Mais da metade dos 500 servidores do IBGE no Estado, porém, têm contrato
temporário e continuam trabalhando. "Esses trabalhadores têm contratos
precarizados, renovados a cada mês, e, ao contrário do que diz a
legislação, executam tarefas idênticas aos servidores efetivos",
criticou Oliveira.
"Cada categoria tem a sua pauta específica, mas boa parte dos nossos
problemas é comum", resumiu o servidor Cláudio Marques, integrante do
comando da greve do Incra em Curitiba. "Queremos novos concursos
públicos e aumento de salário. O Incra está perdendo servidores a cada
semana."
Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5866173-EI8266,00-Servidores+da+educacao+do+Incra+e+do+IBGE+se+unem+em+protesto.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário