Na última segunda-feira (25), os funcionários do IBGE no Paraná se reuniram em assembleia, em Curitiba, e decidiram aderir à greve nacional. Em Maringá, os 14 trabalhadores do órgão estão parados desde quarta-feira (27). Estima-se que mais da metade dos colaboradores de todo o Paraná estejam parados por tempo indeterminado.
A greve abrange também outros nove estados, como Rio Grande do Sul, Bahia, Amapá, Minas Gerais, Espírito Santo, Tocantins, Paraíba, Piauí, Santa Catarina. Outras unidades estão com assembleias marcadas para esta quinta e sexta-feira.
Nesta quarta-feira os sindicalistas se reuniram com representantes do Governo Federal para negociação. Hoje cerca de 80 dirigentes se reúnem em Curitiba para discutir se permanecem em greve.
Reivindicações
Os servidores exigem 22% de reajuste salarial imediato, data-base em 1 de maio, além de realização de concursos públicos, revisão da carreira funcional, melhores salários para os temporários, entre outras reivindicações.
Conforme o Núcleo Sindical do Paraná, mais de 50% dos trabalhadores do Estado são submetidos a contratos temporários. São trabalhadores que recebem um salário muito baixo, não tem direito a FGTS ou Seguro Desemprego e, por ter natureza temporária, tem seus contratos renovados mês a mês.
"O comprometimento com a importância do trabalho a ser realizado – tão necessário à boa qualidade das informações coletadas – é, por um lado, cobrado dos trabalhadores temporários, sem que, por outro lado, o órgão lhes ofereça contrapartida satisfatória", diz a nota.
Conhecidos pela população principalmente por desenvolver o Censo Demográfico, o IBGE tem, contudo, dezenas de outras atribuições, como a coleta periodica de informações sobre a produção agrícola e industrial, a atividade do comércio e dos serviços, índices sobre emprego e desemprego, índices da inflação, informações sobre o perfil da população, como migração, escolaridade, condições de saúde, de moradia, bem como produz e atualiza mapas, dentre outras tarefas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário