Há mais de 30 anos no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já com os cabelos brancos, seu Luiz lembra como era bom trabalhar no órgão. "Era uma maneira mais suave de se trabalhar, a situação logística não era como é agora. A situação salarial naquele momento era boa para o momento", diz o trabalhador.
De braços cruzados funcionários do IBGE deixam claro a mensagem na faixa - Estamos em Greve.
Além do reajuste salarial de 22% eles reivindicam a reposição do quadro de funcionários. Segundo o representante da coordenação do núcleo sindical os reajustes não existem desde 2009, e há seis anos não é feito concurso público para a contratação de pessoal. "Desde 2009 não há nem mesmo correção inflacionária, então nos últimos anos onde se tem um índice de inflação um pouco maior do que as pessoas estavam habituadas a ter no dia a dia, isso se torna muito sensível no bolso e na qualidade de vida das pessoas. Paralelamente você tem um aumento de trabalho sem que haja concurso público", Cleiton Batista, coordenador do Núcleo Sindical.
Dos 230 funcionários no estado, metade deles já aderiram a greve. E no decorrer da semana os funcionários de Curitiba devem se reunir com o Ministério do Planejamento para tentar resolver o impasse, mas segundo Cleiton a luta não vai ser fácil. "Essas negociações estão acontecendo há três anos, e está se repetindo a história esse ano, empurrar as negociações até o final do prazo para fechar o orçamento, não resolver nossos problemas e isso vai sendo levado para os anos seguintes".
A greve dos funcionários do IBGE não está só, eles fazem parte de um grupo de servidores federais que cruzaram os braços: Hospital de Clínicas, Universidade Federal e o Incra. Os órgãos são diferentes, mas a esperança é a mesma. "Queremos que a inflação seja reposta como os demais, o nosso poder de compra está caindo cada vez mais".
Fonte: http://catve.tv/noticia/6/25285/funcionarios-do-ibge-continuam-em-greve-no-parana (No site, é possível assistir ao vídeo)
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